Os antigénios encontram-se na membrana de todas as células, mas normalmente o sistema imunitário de um indivíduo não reage contra as próprias células.
Quando uma célula se torna tumoral, a superfície celular apresenta novos antigénios não familiares para o sistema imunitário (antigénios tumorais) e o sistema imunitário pode considerar esses novos antigénios como estranhos sendo capaz de os destruir, destruindo por consequência as células tumorais.
Contudo, mesmo com o sistema imunitário a funcionar em pleno, nem sempre consegue destruir todas as células tumorais.
Os antigénios tumorais foram identificados em vários tipos de tumor, como o melanoma maligno, o osteossarcoma, tumores do estroma gastro-intestinal, tumor da próstata, entre outros.
Em imunohistoquímica é possível tirar proveito de certos antigénios tumorais, tanto ao nível do diagnóstico como ao nível do tratamento de um tumor. Por exemplo, se fôr aplicado num corte histológico de tecido de uma utente um anticorpo com afinidade para o antigénio CA-125 e a marcação fôr positiva, é possível que a essa utente seja diagnosticado um tumor do ovário.
São infinitas as aplicações da imunohistoquímica no diagnóstico de tumores, e a descoberta contínua de novos anticorpos, abre portas para a evolução contínua do diagnóstico em anatomia patológica.