Existem dois tipos de amostra de citologia cérvico-vaginal. A citologia convencional e a citologia em meio líquido.
Os exames de citologia cérvico-vaginal podem ser efetuados de forma convencional (em lâmina de vidro) ou através dos métodos conhecidos como citologia em meio-líquido (em tubo).
A citologia convencional é uma técnica utilizada há mais de 50 anos, na prevenção e diagnóstico precoce do cancro do colo do útero. A citologia em meio líquido foi introduzida na década de 90, como um método alternativo, visando à automatização na preparção do material colhido e propondo melhorias para o profissional no momento da observação da lâmina (Heise, A. & Lima, A.P.W., 2016)
As amostras de citologia convencional são obtidas utilizando uma espátula ou “escova” de forma a obter células do colo do útero, para que possam ser espalhadas na lâmina, fixadas e posteriormente observadas ao microscópio (Figura C4).
Para a colheita de citologia em meio líquido, a amostra é transferida para um meio líquido de forma a preservar melhor as células, DNA, RNA e proteínas. A amostra é posteriormente processada com o objetivo de as células ficarem dispostas numa camada fina sem artefactos e sem sobreposição (monocamada) (Figuras C5 e C6).
Segundo Campagnoli et al. (2011), as vantagens da citologia em meio líquido em relação à citologia convencional são:
- simplificação da técnica de amostragem
- diminuição dos artefactos celulares levando a uma menor quantidade de diagnósticos inadequados
- aplicabilidade de investigações / técnicas adicionais
Como desvantagem salienta-se o custo elevado.
Referências
Campagnoli E. B. et al., 2011. Comparação entre a citologia em base líquida e a citologia esfoliativa convencional no diagnóstico de carcinomas da região de cabeça e pescoço. Pesq Bras Odontoped Clin Integr, v. 11, n. 1, p. 65-71.
Heise, A. & Lima, A.P.W., 2016. Citopatologia convencional e citologia em meio líquido: uma revisão integrativa. Revista Saúde e Desenvolvimento, 10(5), pp.208–221.